sábado, 17 de agosto de 2013

Resenha: Lugar Nenhum (Neil Gaiman)


  • TÍTULO ORIGINAL: NEVERWHERE 
  • EDITORA: CONRAD
  • PÁGINAS: 335
  • SKOOB: CLIQUE AQUI.
    NOTA:

Alô, alô, alô, vocês sabem quem sou eu? 
Provavelmente não, pois bem, me chamo Thassio - sim, T-H-A-S-S-I-O, não Cássio, nem Tarso, tampouco Tarsio, apenas Thassio - e eu hackiei o blog Gatonista. 
Ok, Mentira.
Eu sou apenas o novo (e primeiro, beijos) colunista do blog, e irei a partir de hoje, fazer as resenhas literárias para vocês! Vamos deixar as apresentações para depois, quando eu tiver uma foto minha na sidebar (de preferência maior do que a da Giovanna) e uma janelinha ali no menu exclusivamente minha. Agora, o interessante é passar para vocês uma dica indispensável de leitura para esse ano, para o ano que vem, enfim, para a sua vida: é o maravilhoso, o magnífico, o incrível, o opulento ~tambores~ Lugar Nenhum
Terminá-lo de ler foi uma tarefa complicadíssima, uma vez que eu não estava nem um pouco afim de me despedir dessa história tão maravilhosa. Demorei uma semana para ler o livro, e levando em consideração que eu só o lia na ida e na vinda do meu trabalho, e que o livro possuí suas 335 páginas de muita história, eu posso dizer que acabei bem rápido. Neil Gaiman, o autor da obra, me surpreendeu em todos os aspectos. Sempre que eu via um livro dele em alguma livraria ou site de livros, fazia questão de olhar feio e passar direto, simplesmente porque as capas não me agradavam. Ainda não me agradam, mas se eu soubesse que o cara escrevia tão bem, eu comprava de olhos fechados! Sim, julgo os livros pela capa. E vou julgar você também se falar alguma coisa. (Vou ser demitido dessa coisa de colunista) Desculpa gente, mas a capa do livro é o primeiro contato que o leitor tem com a obra, e se eu não achá-la interessante, as chances de eu procurar saber da história são menores, tanto que esse livro foi uma indicação feita por um colega de trabalho, que inclusive o agradeço muito, pois Lugar Nenhum me proporcionou horas divertidíssimas. 
Richard, o protagonista da história, vive em Londres, está prestes a se casar, e em um dia agitado indo em direção a um jantar importantíssimo, ele e sua esposa se deparam com uma moça jogada na calçada. Jessica, a noiva, ignora o corpo, no entanto seu marido resolve fazer a linha bom-samaritano e ajudar a pessoa caída no chão. Os momentos que se seguem, são duvidosos se levarmos em consideração a sociedade atual: Richard resolve cancelar o jantar e levar a moça para a sua casa, o que faz com que Jessica se revolte e decida cancelar o casamento, cancelar o namoro, cancelar tudo. E quase cancelar a vida dele também. Falo de "momentos duvidosos" no que diz respeito a atitude do rapaz, até porque você dificilmente verá alguém recolhendo moradores de rua por aí. (Só a prefeitura, quando está frio). Principalmente na situação do personagem. 
No entanto, o que Richard não sabia, é que ter ajudado aquela moça, mudaria completamente, repito, completamente a sua vida. Ela se apresenta como Door, e, pasmem, ela vive no chamado "Londres de baixo", sim, uma espécie de Londres Subterrânea.  
Após esta revelação, feita de um modo tanto quanto excitante (não galera, não tem conotação sexual, parem de ler 50 tons de cinza) o rapaz acaba indo parar nessa Londres, nesse lugar nenhum, onde então começa uma jornada digna de filme, com muitos personagens intrigantes, com toda uma estrutura bem elaborada,sobre a vida das pessoas que habitam este local, e claro, com muitas revelações que te deixam com cara de "ã?".


Então De Carabas achou que a expressão do rosto de Hunter quase fez valer a pena tudo aquilo por que ele havia passado na semana anterior.Pág. 275

Obviamente a quantidade de personagens protagonistas não se limitam apenas em Richard, temos também Hunter, que para mim deveria ter um livro só para ela, uma caçadora que se oferece como protetora de Door e Marquês de Carabas, uma espécie de guia que deve proteger Door e guiá-la por causa de alguns favores concedidos pelo pai da garota no passado. Os quatro formam o grupo mais legal de tooooodo o mundo literário. Sério, e assim como em contabilidade, que para todo crédito há um débito, para todo grupo do bem, há um grupo do mal. Que na verdade é uma dupla! A dupla dos vilões mais nojentos e sanguinários que eu já vi, O senhor Croup e o senhor Vandemar. Leiam o livro, e vocês entenderão o porquê desses adjetivos. Mas, não leiam enquanto estiverem comendo. 
Cada personagem tem seus objetivos particulares, Door deseja saber quem matou a sua família, Richard quer voltar para a sua vida normal, longe dos esgotos, e do mundo estranho com suas próprias regras que é a Londres Subterrânea. Hunter, a linda, desejar enfrentar e matar um dos inimigos mais temidos de toda Londres de baixo, a Besta (A Giovanna, risos2). e De Carabas que está ali para cumprir sua promessa. 
Marcações que eu fiz das partes
 que eu mais gostei. (Poderia
 marcar a capa do livro, afinal)
Em meio a tanta aventura, tantas risadas,( sim, o livro tem o seu humor próprio, e que me fez gargalhar de verdade) e de tantas criaturas estranhas, é difícil você não ficar com vontade de ler outra obra do autor. Eu não posso dizer que é uma das melhores obras que já li do Gaiman, até porque foi a primeira que eu li, mas, esse livro está entre os melhores da minha estante, e talvez seja indicado para o Oscar de "melhor leitura do ano feita por euzinho".
Última coisa que eu gostaria de dizer, é que Neil, propositalmente ou não (mas creio que sim) fez muitas referências aos moradores de rua, e mostrou de uma forma diferente como é ser um mendigo, não ser enxergado pela sociedade, e praticamente não existir. O cara não é uninove, mas é dez! (Sim, eu vou ser demitido) 
Para finalizar, (finalmente) espero que tenham gostado, dessa breve demonstração de amor que sinto por esse livro e que se sintam interessados em comprá-lo, não vão se arrepender. E logo abaixo, está um look criado por mim que representa esse mundo mágico, esse Alice no País das Maravilhas Punk (citação atrás da capa) que Neil Gaiman criou:

Da próxima vez prometo falar menos, meow

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